Tu já parou pra pensar de onde vem o porongo que dá forma às cuias que a gente tanto ama?
Pois então senta, serve um mate e vem comigo descobrir mais sobre essa plantinha que carrega tanta história, trabalho e tradição!
Onde se cultiva porongo por aqui?
Aqui no Rio Grande do Sul, o cultivo do porongo é coisa séria — e bem distribuída!
As principais regiões produtoras ficam:
🌿 Na Região Costeira do Rio Uruguai – tipo Frederico Westphalen e Vicente Dutra
🌿 Na Região Central – como Santa Maria, Arroio do Só e Restinga Seca
🌿 E também na Região de Montenegro
Mas claro que outras cidades também entram na roda, como Iraí, Caiçara e Palmeira das Missões.
Estima-se que, por ano, são colhidos mais de 5 milhões de porongos! Isso mesmo: cinco milhões!
Essa produção envolve cerca de 1,1 mil famílias, que tiram dali sua renda e mantêm viva essa tradição linda que acaba em forma de cuia no nosso mate.
Nem tudo são flores (nem frutos redondinhos)
Apesar da importância econômica e cultural do porongo, o cultivo não é só calmaria.
A produtividade média chega a 12 mil frutos por hectare no caso dos porongos de casco fino, e a 6 mil nos de casco grosso. Mas nem todos viram cuia, viu?
Em média, só 66% dos frutos colhidos são aproveitáveis pra produção de artesanatos e cuias. Isso porque o porongo é temperamental – vem em formatos variados, e nem todos têm a espessura ou o “corpinho” ideal pra virar uma boa cuia.
E tem mais: quando a estiagem bate, o bicho pega. A seca afeta diretamente a qualidade e quantidade dos frutos. Por isso que, em anos com pouca chuva, a gente sente até na pele (e no estoque!) a dificuldade de encontrar porongos bons pra fazer aquelas cuias bonitas e resistentes.
Como se cultiva porongo?
O porongo gosta de sol, chão bem drenado e carinho no manejo. O plantio é feito na primavera, direto no solo, com espaçamento largo porque a planta se espalha que é uma beleza.
O ciclo até a colheita leva de 5 a 6 meses. A colheita só acontece quando o fruto tá bem seco e com aquela casca dura — sabe quando tu bate e ele faz som oco? Aí sim, tá pronto!
Ah, e tem produtor que usa treliças ou tutores pra ajudar no crescimento e deixar os porongos mais bonitos e uniformes. Um cuidado a mais que faz a diferença.
Até o que sobra tem valor
E olha que interessante: até os resíduos do porongo – aqueles que não viram cuia – podem ser aproveitados. Pesquisas mostraram que eles servem como substrato pra produção de mudas florestais.
Ou seja, além de gerar renda e tradição, o porongo ainda pode ajudar a plantar o futuro. 💚
Gostou de conhecer mais sobre o cultivo dessa maravilha que dá vida ao nosso mate?
Então aproveita e passa lá no site da Matearia Grando pra ver as cuias feitas com porongos escolhidos a dedo. Cada uma com sua personalidade, sua história… e pronta pra entrar na tua roda de mate!