Tu já parou pra pensar há quanto tempo existe o porongo – esse fruto que dá vida às nossas cuias tão queridas? Pois te prepara, porque a história do porongo é antiga. Mas antiga mesmo!

O porongo (nome científico: Lagenaria siceraria) é nativo da África e da Índia, mas se espalhou pelo mundo de um jeito quase misterioso. Arqueólogos descobriram que ele é uma das únicas plantas cultivadas desde os tempos da pré-história — ou seja, muito antes de existir calendário, ele já era companheiro do ser humano.

Vestígios indicam que o porongo era usado há cerca de 11 mil anos no leste da Ásia e nas ilhas do Pacífico. Já nas Américas, sua presença foi detectada há pelo menos 10 mil anos. Dá pra acreditar? O Raul Seixas bem que podia ter cantado essa: “há dez mil anos atrás...” 😄

Mas afinal, como é que uma planta africana veio parar do outro lado do mundo, lá na América?
Essa é a grande dúvida. Tem gente que acredita que os paleoíndios trouxeram o porongo durante a colonização inicial das Américas. Outra teoria diz que as correntes oceânicas podem ter feito o trabalho, já que a semente do porongo é resistente e consegue flutuar por quase um ano no mar e ainda assim nascer depois.

O Porongo Vai Muito Além da Cuia

Mesmo sendo famoso por dar forma à cuia de chimarrão, o porongo tem mil e uma utilidades. Desde sempre, ele foi usado como:

  • Recipiente pra armazenar alimentos ou bebidas

  • Utensílios de cozinha

  • Garrafas e cabaças d’água

  • Cachimbos

  • Instrumentos musicais

  • Máscaras cerimoniais

  • Artesanatos

  • Flutuadores pra pesca

Ou seja, o porongo é aquele tipo de planta que a gente respeita. Ele é símbolo de tradição, de criatividade e, claro, de muito mate bom compartilhado por aí.

 

Curte esse tipo de curiosidade? Então segue acompanhando o blog da Matearia Grando e aproveita pra passar no nosso site e conferir cuias feitas com porongos selecionados a dedo – cada uma com uma história única pra contar:


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Referências disponíveis em:

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1069180/1/RosaLiaDissertacaoEduardoValdugaIncluido.pdf

https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/download/41922/pdf/276890